Diferenças entre renda passiva e ativa

Você está começando a investir e está procurando alternativas para obter uma renda passiva?

Essa é uma sábia decisão, própria de quem está pensando no futuro e ciente de que não deverá contar exclusivamente com a previdência do Governo Federal.

Mas para investir com qualidade no longo prazo, é preciso criar um planejamento adequado, que contemple o seu perfil, a sua tolerância ao risco, a sua disponibilidade de dinheiro e outros fatores.

Neste artigo, vamos tirar suas dúvidas sobre os seguintes temas:

  • Formas de obter renda passiva
  • Por que é importante não contar apenas com a renda ativa
  • Quais são os tipos de investimento mais interessantes no longo prazo
  • Como formar um colchão de liquidez para emergências
  • Sugestões para seguir durante qualquer cenário da economia.

Ficou interessado? Siga a leitura.

O que é renda passiva?

Renda passiva é o dinheiro que você recebe mesmo sem investir grande parte ou a totalidade do seu tempo. Imagine, por exemplo, aplicar mensalmente por anos para depois viver apenas dos juros desses investimentos. Parece um sonho, mas é uma realidade para muita gente.

Para ficar claro que não se trata de mágica, vamos esclarecer todos os pontos agora.

Se você não é milionário ou herdeiro de uma grande fortuna, uma das certezas que terá na vida é a necessidade de trabalhar.

O pagamento pelo esforço e horas dedicadas a uma determinada atividade irão sustentar as suas escolhas ao longo dos anos.

Sim, isso é verdade.

E também é verdade que algumas escolhas inteligentes ao longo da vida podem facilitar e muito a geração de renda sem um esforço físico envolvido.

E é aqui que entra o conceito de renda passiva.

Parece complicado, mas a explicação é simples.

Pensar em ganhar dinheiro sem se dedicar a um trabalho para isso parece milagre, mas não é.

Essa estratégia vai exigir um certo esforço por algum tempo, mas depois de um determinado período vai gerar a exata sensação de conforto e segurança que tanto se almeja para uma vida sem sobressaltos.

Mas e como chegar a esse patamar?

Escolhas inteligentes, esforço, dedicação e uma reflexão criteriosa dos seus objetivos de vida são a chave para atingir o nível desejado.

Vamos a um exemplo prático do que é a renda passiva. Esse conceito é muito aplicado no mundo do entretenimento.

Ao criar uma obra, seja literária, audiovisual ou artística, um autor lucrará com os ganhos gerados no momento do lançamento da obra, mas especialmente continuará recebendo, mesmo após muitos anos da criação, os lucros sobre os direitos daquele produto.

Esses valores podem ser considerados a renda passiva que o criador recebe. Resumindo, por um período o autor realizou o esforço para elaborar o produto, mas depois irá lucrar com os direitos sobre a obra.

Claro, no caso de uma obra artística, o sucesso não pode ser previsto de forma precisa, uma vez que o interesse do público pelo conteúdo depende de uma série de fatores. Trazendo para a vida da maior parte da população, a renda passiva pode ser gerada por investimentos, aluguéis, patentes registradas, entre outros.

Para não ter que contar com fatores imprevisíveis, escolhas corretas ajudam bastante na formação da renda. Compreendendo o conceito, é possível começar a pensar em ações que vão beneficiar o seu futuro.

Renda passiva x renda ativa

Ao contrário da renda passiva, a renda ativa é o ganho gerado a partir de um trabalho. Ou seja, a quantia de horas dedicadas e a necessidade da presença regularmente para uma certa ação. De forma geral, a renda ativa é formada por salários, comissões, honorários, adicionais, direitos trabalhistas e tudo relacionado com o esforço por uma atividade.

Por que é perigoso viver apenas de renda ativa?

Ao longo da vida, usualmente a maior parte dos recursos gerados por uma pessoa podem ser enquadrados na categoria de renda ativa. Mas depender exclusivamente dela para o sustento pode ser perigoso por uma série de motivos.

A primeira delas é a questão da regularidade. De forma geral, para receber o salário ou a forma que seja de remuneração pelo trabalho se dá pela presença.

É preciso estar sempre realizando o serviço proposto para se ter em troca a recompensa do pagamento.

Não poder comparecer por qualquer motivo pode acarretar na perda imediata da renda. Se o profissional em questão for autônomo, esse problema pode ser multiplicado algumas vezes, uma vez que sem a proteção usual da legislação trabalhista, uma falta significa um cliente ou serviço a menos, que exigirá esforço extra para ser recuperado, sem uma garantia para tal.

Dessa forma, a geração de renda passiva é uma garantia de segurança e um complemento aos ganhos cotidianos, uma vez que auxiliam na manutenção ou mesmo proporcionam um incremento na qualidade de vida do interessado.

Exemplos de renda passiva

São várias os exemplos de renda passiva. Entre os mais comuns estão:

Aluguéis

Ao adquirir um imóvel, os valores gerados pelo seu uso por terceiros é um exemplo perfeito de renda passiva.

Houve o trabalho para levantar recursos para a compra do bem, mas depois esse esforço é recompensado pela renda frequente gerada.

Apesar de ser afetado por um número grande de fatores, como a oscilação na oferta e na procura e nos valores pagos no mercado, o aluguel é uma opção corriqueira para aqueles que buscam a criação de renda passiva.

Lucro

Ao empreender, o interessado investe um grande esforço (tempo e dinheiro) na criação e desenvolvimento da empresa. Depois, o investidor pode deixar o negócio a cargo de um gerente e tornar os lucros uma renda passiva.

Direitos Autorais

Como explicamos anteriormente, o direito autoral é uma forma clássica de renda passiva, uma vez que continua a gerar dividendos ao criador da obra mesmo que esse não esteja empregando mais esforços para criação.

Investimentos

Aqui a chave inicial é uma ação, a economia de recursos para a posterior alocação em investimentos. Essa é a forma mais comum e disponível de gerar renda. Com as diferentes aplicações do universo financeiro, você pode se dedicar apenas algumas horas por semana ou por mês para obter rendimentos interessantes.

Como se aposentar com a renda passiva

Uma vida financeiramente tranquila após um longo período de trabalho é o desejo de muitos. Por isso, iniciar cedo os investimentos mirando a renda passiva para a aposentadoria é a recomendação de diversos educadores financeiros.

O valor indicado para poupança mensal fica, pelo menos, entre 10% e 20% da renda ativa gerada. Recomenda-se que os recursos sejam aplicados em diversas modalidades do mercado, seguindo uma das principais dicas de especialistas financeiros: quanto mais diversificada a carteira de negócios, mais rentável e segura estarão as economias.

A aplicação dos recursos deve ser avaliada periodicamente, uma vez que a mudança de cenários econômicos influencia de forma decisiva a remuneração dos investimentos, sejam eles financeiros (aplicações) ou materiais (bens como imóveis e automóveis).

A chave para se aposentar com renda passiva é fazer um planejamento de longo prazo, investindo em renda fixa e variável mirando diferentes vencimentos.

Para isso, é preciso de um colchão de liquidez e ativos que rendam nos diferentes cenários da economia.

No próximo tópico, vamos mostrar como montar esse planejamento.

Sugestões para seguir em qualquer cenário econômico

Antes de pensar em um futuro distante, é preciso se preocupar com o dia de amanhã, com a semana que vem, com o próximo mês e com o próximo semestre. Essa é a recomendação de muitos especialistas em finanças pessoais: planejar com cuidado, antes de tudo, um colchão de liquidez que poderá ser resgatado sem sobressaltos, diante de situações de emergência.

Se todo o seu dinheiro estiver aplicado em investimentos com baixa liquidez, você poderá ter problemas para pagar suas contas em certos períodos.

Então, é hora de fazer o seu diagnóstico financeiro:

  • Crie uma planilha
  • Anote seus gastos no mês
  • Indique todas as despesas extraordinárias que você contempla por, pelo menos, os próximos seis meses
  • Assinale todos os seus rendimentos
  • Some o custo equivalente a, pelo menos, seis meses de seu custo de vida.

Pronto, esse número acima é o alicerce que servirá para sustentar os seus investimentos.

Para isso, aplique esse valor em investimentos mais líquidos, como os seguintes:

  • Fundo DI: tem liquidez diária, segue o índice CDI e aplica pelo menos 95% dos recursos em títulos públicos atrelados à Selic.
  • Fundo atrelado ao IPCA de curto prazo: investe os recursos em títulos Tesouro IPCA com prazo de até cincos. Ajuda o investidor a se proteger da inflação, com alta volatilidade.
  • CDB com liquidez diária: o Certificado de Depósito Bancário é sempre um dos títulos com maior retorno da renda fixa. A liquidez diária permite que você faça o resgate a qualquer momento. Verifique se esse produto apresenta liquidez diária ou algum prazo de carência
  • Títulos Tesouro Selic: pagam a variação da taxa Selic e não sofrem marcação a mercado, ou seja, não têm a mesma volatilidade de outros papéis do Tesouro.

Como gerar renda passiva com investimentos de prazos mais longos

Depois de criar seu colchão de liquidez, você pode investir em papéis de vencimentos mais longos, que, geralmente, oferecem retorno maior.

Além de buscar por títulos diferentes, você deve procurar formas de rendimento distintas, explorando pós-fixados, prefixados e híbridos.

Assim, mudanças na trajetória de juros, aumentos repentinos de inflação e quaisquer cenários imprevistos não vão atrapalhar a valorização do seu capital.

Tesouro Direto

Criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a BM&Fbovespa no ano de 2002, o Tesouro Direto é considerado um investimento muito seguro.

O motivo é simples. Quem garante a remuneração dos títulos é o próprio Tesouro Nacional, ou seja, o Governo Federal.

Por conta dessa segurança, o Tesouro Direto tem se tornado popular entre investidores de perfis mais conservadores nos últimos anos.

Além do baixo risco, o Tesouro Direto oferece entre as suas vantagens a facilidade de aplicação, uma vez que conta com grande variedade de títulos, com vencimentos variados, ou seja, diferentes prazos de vencimento, e valor mínimo de aplicação de aproximadamente R$ 30.

Os títulos do Tesouro Direto são classificados em prefixados, pós-fixados ou híbridos, vinculados a diferentes taxas de remuneração. Entre os títulos disponíveis no mercado estão o Tesouro Selic (cuja rentabilidade está atrelada à taxa básica de juros da economia, a Selic), o Tesouro Prefixado (com juro fixo) e o Tesouro IPCA (com remuneração vinculada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou seja, a variação da inflação).

Para quem busca renda passiva, há a possibilidade de aplicar em títulos com remuneração semestral, ou seja, com pagamento de rendimentos a cada seis meses. Essa decisão, porém, afeta a rentabilidade líquida, já que você paga o Imposto de Renda a cada recebimento.

CDB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) está entre as mais conhecidas opções de investimento em renda fixa. É uma boa alternativa já que tem remunerações mais atrativas quando comparadas com a caderneta de poupança, além da mesma garantia do FGC que a poupança.

Oferecidos pelos Bancos, os CDBs conta com outro diferencial importante. Ao contrário da poupança, na qual o Governo Federal estabelece a remuneração que deve ser seguida por todos os bancos, no CDB quem define as taxas é a instituição. Ou seja, a rentabilidade depende do banco escolhida, uma vez que é ela quem define os percentuais e os prazos.

Existem diferentes opções de CDB: há o prefixado, em que o interessado sabe exatamente no momento da contratação o quanto será remunerado pelo investimento; o pós-fixado, opção mais popular e com remuneração vinculada ao CDI  (Certificado de Depósito Interbancário) – taxa que acompanha a oscilação da Selic, e o híbrido, uma combinação das duas e que usa como referência um índice de inflação.

LCI/LCA

 

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), assim como o Tesouro Direto, também são Títulos de Renda Fixa e foram criados para apoiar a manutenção de crédito imobiliário e do agronegócio no país.

Tanto a LCI quanto a LCA são emitidas pelos bancos com o objetivo de captar recursos para destinar a empréstimos, que serão oferecidos tanto para o setor imobiliário quanto para o agronegócio.

As duas aplicações têm características bastante semelhantes para o investidor, tanto em rentabilidade quanto em segurança do investimento, e contam com isenção do Imposto de Renda para pessoa física.

As LCIs e LCAs também estão disponíveis ao interessado nas modalidades prefixadas e pós-fixadas.

Fundos de Investimentos

Os fundos de investimento contam com rentabilidades variadas e são um pouco mais arriscados na comparação com as opções de Renda Fixa anteriores.

Ele reúne os valores destinados por diversas pessoas e o seu gestor que, respeitando as diretrizes de investimento previamente estabelecidas e documentadas no regulamento do fundo,  busca uma maior remuneração ao aplicar nos ativos financeiros de acordo com as características e estratégias do fundo.

Cada investidor possui uma parte do fundo, chamado de cota, que segue uma série de normas para obter a remuneração.

De forma geral, profissionais habilitados estarão cuidando da administração e gestão dos fundos e buscando a melhor forma de rentabilidade. Por isso, antes de aplicar em fundos, leia o seu regulamento, que indicará em quais ativos/mercados os gestores poderão aplicar.

O perfil de risco do investimento vai depender dos objetivos estabelecidos e do contexto de cada uma das opções no momento do investimento, por isso não é possível prever a rentabilidade que será obtida.

Previdência Privada

Previdência Privada está intimamente ligada ao conceito de renda passiva. As opções de planos ganharam um grande impulso nos últimos anos devido à rentabilidade e ideal de segurança que oferece ao cliente, especialmente àqueles com olhos para o período de aposentadoria.

Ideais para investidores com perfil mais conservador, contam com duas modalidades: o Plano Gerador de Benefício livre (PGBL) e a Vida Gerador de Benefício livre (VGBL). Eles se diferenciam das outras alternativas em renda fixa por unir benefícios de um investimento financeiro com algumas vantagens fiscais asseguradas por Lei para aplicações de longo prazo.

PGBL é considerado mais adequado para clientes com renda tributável e que declaram o Imposto de Renda no formulário completo, pois permite a dedução das contribuições até 12% da renda bruta anual. Nesse tipo o imposto recai sobre o total acumulado no plano.

Já o VGBL é indicado para aqueles que declaram Imposto de Renda no formulário simplificado ou já atingiu os 12% num plano PGBL. Neste tipo de aplicação, o imposto recai sobre os lucros e não sobre o principal aplicado.

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Conclusão

Se você está pensando em renda passiva, é porque já viu que não é recomendável contar apenas com a renda ativa para sempre nem com o auxílio do governo através da previdência.

Então, para construir uma renda passiva, você deve começar o quanto antes a planejar suas finanças pessoais, para garantir um percentual mensal para economizar.

O ideal, como já alertamos, é criar um colchão de liquidez que contemple pelo menos seis meses de seu custo de vida. Nessa esteira de aplicações, podem entrar fundos DI, CDBs com liquidez diária, LCIs/LCAs de curto prazo, fundos de Tesouro Direto e papéis do Tesouro Selic.

Se você ainda não criou essa reserva, pare tudo: esse é, de fato, o pontapé inicial do seu projeto de renda passiva.

Se você não der atenção a esse fundamento de solidez e segurança, o viés de longo prazo vai ruir, e você não terá sucesso em seus planos.

Depois de criar esse colchão de liquidez, é que você vai mirar títulos mais longos e atraentes, que poderão oferecer os rendimentos mais interessantes.

Para escolher essas aplicações, a dica é procurar uma instituição financeira sólida e segura, que ofereça uma excelente assistência e oriente seus primeiros passos de investimentos em renda fixa e variável.

Para quem mira o longo prazo e quer contar com assessorial financeira capacitada, o BTG Pactual digital é a melhor opção.

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Por BTG Pactual digital.
Link do arquivo original: https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/renda-passiva-renda-ativa

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