diferença entre renda fixa e renda variável

Se você está começando agora, o primeiro passo é entender que você pode investir na renda fixa e na renda variável ao mesmo tempo.

Escolher entre renda fixa ou renda variável para investir seu dinheiro pode ser um desafio. Cada uma delas tem rendimentos, características e possibilidades bem diferentes.

Por exemplo, investir em ativos da Bolsa de Valores pode trazer retornos mais elevados. Porém, são investimentos de alto risco. Ou seja, não são todas as pessoas que têm perfil para investir na Bolsa.

Em contrapartida, a renda fixa traz retornos mais estáveis, porém mais seguros. Então, para o investidor que busca segurança, pode ser a melhor opção.

É importante ter em mente que não é necessário investir em renda fixa ou em renda variável. Você pode investir nos dois ao mesmo tempo e montar uma carteira diversificada.

Renda Variável e Renda Fixa: principais diferenças

Na renda fixa, o investidor sabe previamente qual será a rentabilidade do ativo. Ou seja, ele tem previsibilidade sobre quanto o dinheiro irá render. Já na renda variável não há previsibilidade: o preço dos ativos pode sofrer variações o tempo todo. E são vários os fatores que influenciam os ativos de renda variável, como a economia do país, a taxa de juros e o cenário político.

Portanto, a principal diferença entre os dois tipos de investimento é o risco, que na renda variável é muito maior. Mas atenção: o risco não é zero em investimentos de renda fixa. Por exemplo, existe o risco de o emissor não cumprir com a obrigação assumida.

Um ponto que garante mais segurança aos ativos de renda fixa é a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Para valores de até R$ 250 mil, ele garante o pagamento caso o emissor quebre. Por exemplo, se você investir R$ 40 mil em CDB de um banco e ele falir, o FGC garantirá o pagamento desse investimento caso o rendimento não ultrapasse o teto de R$ 250 mil.

Em contrapartida, os ativos de renda variável trazem a possibilidade de maior rendimento, principalmente quando levamos em consideração o tempo. Geralmente, no mundo dos investimentos, quanto maior o risco, maior a possibilidade de ganhos.

Então, se você é um investidor arrojado e abre mão da segurança pela possibilidade de rentabilidade, a renda variável pode ser para você. Agora, se você está começando a investir ou prefere uma rentabilidade mais estável e segura, opte pela renda fixa.

Tipos de Renda Fixa

Os títulos de renda fixa podem ser classificados em relação a forma de rentabilidade.

Títulos Prefixados

Os títulos prefixados tem o rendimento fixo, ou seja, ele não se altera ao longo do tempo. Por exemplo, se ele for de 7% ao ano, será essa a rentabilidade até o vencimento do investimento.

Esses títulos são indicados para quem busca previsibilidade, pois é possível calcular o quanto o dinheiro irá render até o fim do investimento.

Exemplos de títulos prefixados são:

Títulos Pós-Fixados

Já os títulos pós-fixados têm a rentabilidade atrelada a um indexador. Por exemplo, a Taxa Selic ou o CDI. Ou seja, se os indexadores sobem, a rentabilidade aumenta. Mas se eles descem, a rentabilidade diminui.

Por isso, para investir nesses ativos é importante analisar os movimentos da economia.

Exemplos de ativos pós-fixados são:

  • Tesouro Direto Selix
  • LCI ou Letra de Crédito Imobiliário
  • CDB
  • LCA ou Letra de Crédito do Agronegócio
  • LC

Títulos Híbridos

Os títulos de rentabilidade híbrida têm uma parte fixa e uma variável. Por exemplo, ele pode render 8% + IPCA.

Assim como os títulos pós-fixados, eles também variam com o tempo. Porém, como tem parte da rentabilidade fixa, tem uma parte mais “garantida”.

Um dos pontos positivos desse investimento é o ganho real, já que a taxa fixa é a remuneração acima da inflação.

Exemplos de títulos com rentabilidade híbrida são:

  • CDB
  • Tesouro Direto IPCA+
  • CRI ou Certificado de Recebíveis Imobiliários
  • CRA ou Certificado de Recebíveis do Agronegócio
  • LCI
  • LCA
  • LC

Tipos de Renda Variável

Existem diversos ativos de renda variável. Separamos alguns para você conhecer melhor.

Ações

As ações são o investimento de renda variável mais conhecido. Investir em ações nada mais é do que comprar uma pequena fração de uma empresa, já que uma ação é uma parte do capital social dela.

Portanto, ao investir em ações é necessário escolher bem a empresa. Pesquise seu histórico, projeções, o mercado onde está inserida, quem são seus gestores e outras informações importantes. Invista em empresas nas quais você realmente acredita.

Além disso, lembre-se que é importante diversificar sua carteira. Principalmente com ativos de renda variável, não aposte tudo em apenas um ativo.

Opções

Opções é um tipo de investimento que garante ao investidor o direito de comprar ou vender um ativo em uma data futura. É como um seguro de carro: você tem o direito garantido de vender o carro por um determinado preço mesmo que ele passe por um acidente.

Os contratos desse tipo de investimento têm a especificação de uma data de vencimento e o prêmio de risco da operação. Ou seja, você não negocia o ativo em si, mas o prêmio da operação.

É importante saber que o risco de investir em opções é considerado muito alto. Portanto, é indicado apenas para investidores arrojados e não é recomendado alocar grande parte da carteira em opções.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Se você quer investir no mercado imobiliário, os FIIs podem ser uma boa opção. Eles são frações de empreendimentos, como shoppings, galpões logísticos ou lajes corporativas.

A rentabilidade dos Fundos Imobiliários vem da valorização das cotas do fundo, que tem sua precificação diariamente pelos investidores. Além disso, há também o pagamento de aluguéis mensais, assim como em imóveis físicos.

Ou seja, você ganha com a valorização das cotas (se ela valorizar) e com o pagamento de aluguéis (se eles forem feitos em dia).

Não escolha entre um e outro: diversifique

Como falamos, você não precisa escolher investir apenas em renda fixa ou apenas em renda variável. Em investimentos, é muito importante diversificar sua carteira, ou seja, não depender apenas de um tipo de ativo.

Diversificar a carteira é distribuir o risco em diferentes investimentos. Assim, você tem a possibilidade de ter uma rentabilidade maior e não tem tanto risco.

A diversificação faz com que um ativo compense o outro. Por exemplo, se você investir em ações, mas elas não terem a rentabilidade esperada, os investimentos em CDB podem compensar com uma rentabilidade mais garantida.

Contudo, antes de investir e diversificar é necessário identificar seu perfil de investidor. Ele é quem deve guiar a diversificação e o quanto você vai investir em cada ativo. Além disso, o quanto você tem disponível para investir também irá influenciar na composição da sua carteira.

Por Expert XP.
Link do arquivo original: https://conteudos.xpi.com.br/aprenda-a-investir/relatorios/qual-a-diferenca-entre-renda-fixa-e-renda-variavel/

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